sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A IMPORTANCIA DA ARTETERAPIA EM NOSSAS VIDAS


O contato com diferentes formas de expressão artística, através de um processo terapêutico, vai muito além de uma experiência estética, nos conduzindo a um contato mais íntimo com o nosso ser, nos trazendo à memória lembranças de momentos esquecidos, choros contidos, dores sufocadas, alegrias adormecidas, potenciais desconhecidos ou ignorados, caminhos não trilhados, conquistas e sonhos a serem atingidos.
As vivências artísticas, no ateliê terapêutico, vão nos trazendo fragmentos de nós mesmos que foram se distanciando, a ponto de não os reconhecermos como partes integrantes de nosso ser. Vão possibilitando a nossa transformação e colocando-nos mais próximos e íntimos ao nosso interior.
Com a possibilidade de nos expressarmos de forma criativa, com o uso de diferentes linguagens e materiais diversificados, vamos construindo o caminho da descoberta de nós mesmos, de sentimentos como amor, raiva e medo, de nossas contradições, de impaciências, comodismos, inconstâncias, permanências, resistências e flexibilidades, ampliando a interação com tudo que está à nossa volta: os símbolos, a natureza, os outros.
Os diferentes materiais, utilizados para a expressão, vão revelando nossas limitações e possibilidades, nos colocando diante de novos desafios e novas escolhas, expandindo a nossa percepção, a imaginação e a criatividade.
Durante o processo arteterapêutico, vamos nos libertando da mesmice no fazer, no agir, no pensar e de amarras que aprisionam a nossa expressão e, percebemos que ser criativo é algo a ser conquistado a cada dia, na luta contra os padrões estabelecidos pela sociedade, e muitas vezes, por nós mesmos, por auto exigência ou auto crítica exacerbada.
A arteterapia é um convite para apreciarmos novas cores, novos sons, ampliar nosso movimento no espaço, compor fragmentos para a conquista de novos horizontes, onde possamos ser simplesmente nós mesmos.

Se você aprende a reconhecer, alimentar e proteger o artista criador que habita em você, torna-se capaz de movimentar-se diante da dor, do medo e dos sentimentos que bloqueiam e impedem a transformação” (Allessandrini, 1998, p.16)

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